quinta-feira, outubro 10

American Horror Story - Coven Review


"Não acredito em bruxas, mas que elas existem..."

Ryan Murphy regressa ao pequeno ecrã, com um elenco de mulheres que dominam o público que uma forma chocante. Kathy Bates é a maior e melhor aquisição desta temporada, que promete ser recheada de terror no feminino. Espectadores atentos à série sabem que é comum todos os primeiros episódios serem misteriosos e arrepiantes, este não foi excepção, deixando em aberto muitas questões e acontecimentos maquiavélicos por desvendar.
Algo que achei particularmente interessante é a subtileza com que é introduzida a natureza assassina das mulheres (não muito explorada no cinema), a forma abrupta como se apresenta a obsessão pela beleza e juventude, a revolta e choque de ideologias, o sentimento de marginalidade e, o melhor de tudo, a movimentação de sonhos esmagados pela realidade. São também explorados os sentimentos femininos mais negros como a inveja, o ciúme e a vingança, e explora-se o desejo de poder. Um ponto fraco em tudo isto é que temos momentos desconcertantes, mas ainda nada assustadores, esperemos ver isso em breve. Na sombra de Jessica Lange, Kathy Bates, Sarah Paulson e Angela Basset já se erguem performances interessantes como Taissa Farmiga, Emma Roberts, Gabourey Sidibe e a mais amorosa de todas Jamie Brewer. Destaco a breve participação de Frances Conroy que é magnetizante. Chamo a atenção para a fraca presença de Evan Peters nesta temporada, que depois de duas grandes personagens como Tate (Season 1) e Kit (Season 2), fazem parecer que este Kyle é demasiado superficial, ainda não baixo a guarda e espero ver o que reserva o futuro.
Coven promete ser uma temporada sensual, vibrante, tocante e magistral.