sábado, maio 19

Battle Royalle (Batoru rowaiaru) 2000


E por sugestão de alguém fui ver mais um filme asiático...
No futuro o governo Japonês rapta alunos do 9ºano, coloca-os numa ilha e obriga-os a matarem-se uns aos outros. É neste cenário de massacre e desconfiança que esta narrativa de desenvolve.

Começo por falar da banda-sonora, penso que nunca tinha começado por este ponto nos meus humildes comentários, toda esta mudança estrutural deve-se ao facto deste filme me fazer reconsiderar aquela histérica obsessão por música aterrorizante e electrizante, quando estamos perante um cenário de morte e desconforto emocional. Por mais incrível que possa parecer Strauss combina com decapitar e esfolar, parece inacreditável ridículo até certo ponto, no entanto, não deixa de ser verdade.
O cinema asiático é conhecido pelo o excesso de sangue e carnificina, por esse motivo muitas pessoas sentem-se reticentes em visualizar este tipo de filmes, esta película não é excepção. A grande diferença entre a violência asiática e a americana é que tudo o que acontece em filmes como Battle Royalle tem um sentido, existe um propósito racional ou emocional para o desenrolar de toda a acção, é por isso que tudo isto se torna muito mais estimulante.
Gosto particularmente de como a verdadeira amizade é posta à prova, de tal forma que nos faz reflectir se aqueles amigos com quem partilhamos o nosso quotidiano são aqueles em quem devemos confiar, ou se por outro lado aquelas pessoas das quais não temos as mínimas expectativas, e com quem nem falamos todos os dias são os verdadeiros detentores e merecedores da nossa amizade. A resposta pode parecer óbvia agora mas depois de ver esta longa metragem toda esta ideia pré-concebida pode alterar os seus alicerces. 
Algo que me deixou em estado de puro choque foi ver o medo/pavor superar o amor. Nunca pensei que isso pudesse ser possível, sempre defendi que o amor é a maior força do universo e a única que coloca o planeta em órbita. Talvez o medo também tenha a sua cota parte de presença nesta trajectória...
Existem muitas questões retóricas às quais esperamos "desalmadamente" encontrar uma resposta e uma delas é: Em quem podemos nós confiar?

Vejam o filme e pensem nisto vale muito a pena...

Para concluir em jeito de brincadeira consegui constatar que é mais fácil as mulheres assassinarem-se umas às outras do que os homens, todavia a testosterona não perdoa e quando eles decidem matar, arrasam toda a gente e mais alguém que tenha o azar de convergir ou colidir com o seu caminho.