sexta-feira, dezembro 23

Dexter Season 6 Finale


Atenção contém Spoilers
E é com grande mágoa que comento o episódio final de
Dexter, não porque tenha sido péssimo, mas porque só vamos ver este serial killer em Outubro do ano que vem...
Finalmente uma maneira imprevisível de terminar uma temporada, o realizador prometeu um final bíblico, e deu-nos um final divino.
Magistral a forma como termina com Debra a entrar na igreja e ver o irmão a esfaquear o Doomsday Killer...
Após tantos anos a fugir (literalmente) à polícia e a omitir a sua verdadeira natureza assassina através de mentiras e esquemas muito bem montados. Dexter vê-se finalmente confrontado com o seu maior medo, ser apanhado pela própria irmã que, naquele momento, se encontrava perdidamente apaixonada. Continuará
Debra neste estado emocional, ou denunciará o irmão? Podemos deduzir que assinadas já duas temporadas, a sétima e a oitava, Debra não irá denunciar o irmão. O deixa uma dúvida ainda mais sombria... Irá ajudá-lo? Irá ignorar o "passageiro sombrio" da pessoa que mais ama no mundo? E onde fica Harrison no meio desta história? Será a razão para Debra não entregar o irmão? A resposta chega em 2012...
Confesso que não gostei muito da ideia da irmã se apaixonar pelo irmão mas, faz todo o sentido se estamos perante uma "pintura" destas.

Então é aquele estagiário que anda literalmente a perseguir o Dexter... Será ele o próximo serial killer? Mais uma resposta que deve chegar em 2012 se o mundo não acabar.


Só nos resta esperar para mais um ano de homicídios, suicídios e claro sangue, muito sangue...

Drive

Um homem que tem uma excepcional condução, apaixona-se por uma mulher casada, e então os problemas começam...

Não é novidade para ninguém que Ryan Gosling é um actor magnífico, para além disso temos ainda uma actriz também ela extraordinária, Carey Mulligan, juntos tornam este filme muito mas, mesmo muito mais intenso.
A película não tem quase diálogo nenhum, mas isso não a torna cansativa, por mais incrível que possa parecer. Devido à escassa interacção verbal entre as personagens, principalmente a de Gosling, o trabalho dos actores torna-se portanto muito mais complicado, principalmente devido à complexidade dos papeis que estão a desempenhar. Todavia não temos desilusões nem péssimas interpretações
.
A realização do filme está fantástica, com uns planos muito interessantes, que combinados com uma banda-sonora diferente mas, nem por isso mal escolhida, conduzem a um excelente produto cinematográfico.

Confesso que não conheço o trabalho de Nicolas Winding Refn mas, acho que comecei bem.

Antes de ver o filme, li algumas críticas ao mesmo em que diziam que esta película era muito semelhante aos filmes de Tarantino, é verdade que tem alguns traços análogos ao realizador, a violência visual, a música desenquadrada (mas perfeita) e movimentação da câmara são alguns dos pontos mais evidentes desta semelhança.

À parte isso, vale a pena conduzir até ao cinema para ver este filme, mais que não seja pela brilhante interpretação de Gosling com o seu escorpião desenhado nas costas.
Acreditem que quem não gosta de conduzir, pode mudar de ideias depois de uma ida ao cinema. Porque não? Ao menos é um incentivo...

terça-feira, dezembro 13

Previsões para as Nomeações



Fonte: http://www.youtube.com/watch?v=VwX4Guthfmw publicado por Wazzapu

Dangerous Method 2

Um psiquiatra resolve ajudar uma paciente com tendências masoquistas entre outras psicoses, no entanto, isso poderá mudar a sua vida para sempre...

Começo por louvar e aplaudir a actriz Keira Knightley que está completamente fabulosa e assustadoramente perfeita neste filme. Esta jovem artista chega mesmo a superar-se nas cenas iniciais, quando reina o auge da loucura da sua personagem, Sabrina. Knightley revela uma enorme preparação para o papel e uma excelente interpretação, tão perfeita que por vezes até se torna incomodativa.

Esta magnifica performance vem acompanhada de outra igualmente brilhante falo, obviamente, de Viggo Mortensen, que demonstra mais uma vez as suas extraordinárias capacidades artísticas. Michael Fassbender tem uma representação marcante, mas nalguns momentos pouco convincente. Em suma, neste plano o filme está magistralmente bem conseguido, com uma reunião de dois bons actores que superam qualquer expectativa do espectador.

Como um bom actor não se revela sem um bom argumento (ou pelo menos é algo bastante raro), este texto está deveras bem construído, com a carga dramática ideal sem chegar ao exagero. Acompanhado por uma banda-sonora que, com os gritos ensurdecedores de Keira, se torna verdadeiramente arrepiante.
De um modo geral o filme está bastante interessante, o que me deixou um pouco mais desiludida foi a realização, sobretudo no final onde esperava uma visão mais introspectiva. Penso que David Cronenberg confiou em demasia no magnetismo que Knightley revela em frente às câmaras, com isto não estou a dizer que ela não tenha mostrado esse poder magnético, porque o fez (sobretudo no inicio do filme). Todavia, a personagem que incorpora possui uma elevada carga dramática, que se vai perdendo à medida que avança o tempo no filme.

Com isto espero muito sinceramente que Keira Knightley seja nomeada para o Oscar de melhor actriz secundária. Espero que bem acompanhada por Viggo Mortensen e Joseph Gordon-Levitt (50/50). No entanto, as previsões não me deixam muita esperança...