terça-feira, fevereiro 24

Ódio de Amar

O cinema é tudo: é paixão, ódio, vida, morte, tristeza, alegria, é a alma do mundo afundado pela quotidiana angustia de viver, é no fundo emoção. Qual a pessoa que uma vez na vida não se emocionou numa ida ao cinema? Qual a pessoa que nunca deu uma gargalhada género Bart Simpson durante um filme? Qual a pessoa que pode negar o poder do grande ecrã para mudar tudo e todos? Ninguém? Claro!

Sinto-me extremamente desiludida pelas fracas produções cinematográficas e filmes aparentemente muito publicitados mas que nem sequer são dignos do título de filme... Desulada por saber que cada dia que passa se fazem mais e piores filmes, de saber que o cinema é visto por muitos como uma fonte ilimitada de dinheiro e fama, e nunca como uma profissão digna de paixão e sacrifício... Estupidamente cansada de ver serem esquecidos excelentes actores porque não são bonitos, e excelentes actrizes serem ignoradas porque não pesam 30 quilos! Tudo isto destrói uma das únicas coisas mais belas, fantásticas, e fascinantes que o homem alguma vez criou! Sim porque tirando o cinema, a música, e a literatura o homem só cria poluição (mental) e contribuiu para o aquecimento global!

Muitos consideram-me louca por pensar desta forma, poucos compreendem o que quero dizer, e nenhuns partilham a minha opinião!

Pergunto: Será apenas a minha alma apaixonada a única a sentir tamanha dor de acompanhar a eutanásia cinematográfica?
Acho que sim porque estou "internada num manicómio sem manicómio."

Quem sou eu para sentir tal emoção?
"Não sou nada.
Nunca serei nada.
Não posso querer ser nada,
à parte isso, tenho em mim todos os sonhos do mundo."

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